Esta cantiga também proesia, uma tentativa em conter a melodia que juntos cantamos, a harmonia que todos dançamos: no chuveiro e em coro o som sai com cor e bonito, sozinho sai aflito, sozinho saio aflito porque quero existir contigo, não demorar por aqui, ir por ali, ir até ao fim, ir com dor e amor, fervor e dormência, ter paciência e focar-me na alegria e dor da coexistência que sequencia e consequencia a consciência, ver beleza na inocência que o Samuel presen,cia e deixar bater a mágoa da nostal,gia que me deixa aflito. Aflito não beijo bem, beijo mal, beijo nada carnal e sem paixão, os olhos fechados que me toldam a ....vi pensamentos que me mostraram o abismo, sismo de olhar assíduo que desde esse dia me faz companhia, este abismo chamado Nietzsche the itch, os amigos chamam-lhe Nietzsche the fix. Agora que é tarde (são umas 4:44) demais para a retrospectiva, ainda vivo digo,perdoem-me, sinto que também lhe devia ter apertado o cinto no lugar do morto, cortado a curva tombando o carro na ravina, a descida é um traço mal cortado de cocaína, eu e o Nietzsche e tu que lês, nós os três. Vida assassina-O abismo porque é bonita contigo.
Vasco, Tomar 19-07-19